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Afinal, idoso pode morar sozinho? 7 pontos para avaliar

Muitas coisas mudaram nos últimos tempos, inclusive a ideia de que o idoso pode morar sozinho. Antigamente, quando uma pessoa atingia uma certa idade, ela deveria viver com algum familiar ou em uma casa de cuidados.

No entanto, a longevidade aumentou bastante desde o último século. Com um grande número de pessoas acima de 60 anos de idade na sociedade, surge também a tendência de que elas se sintam mais confiantes para continuarem a morar sozinhas.

Neste texto vamos apresentar os direitos do idoso de tomar essa decisão e mostrar alguns pontos para prestar atenção e ponderar sobre a possibilidade de uma pessoa na nova idade morar sozinha. Acompanhe!

Idoso morando sozinho: o que diz o estatuto?

Segundo o artigo 37 do Estatuto do Idoso (Lei 10741/03), a pessoa acima de 60 anos tem direito a ter uma moradia digna, sendo acompanhada ou não de seus familiares, em uma instituição pública ou privada.

Desse modo, segundo as normas, o idoso em estado de plena consciência pode decidir como pretende viver, sendo acompanhado ou não. No entanto, indivíduos com o poder de raciocínio afetado devido a uma doença ou à idade não devem morar sem uma assistência profissional ou da família.

Quais são os 7 pontos de atenção para verificar se idosos podem morar sozinhos?

Apesar disso, é comum que a família apresente alguma preocupação relacionada à decisão de um indivíduo idoso sobre morar sozinho. Desse modo, é possível identificar alguns pontos que asseguram a possibilidade de um bem-estar ao viver independente.

A seguir, confira algumas considerações a fazer para se certificar de que o idoso pode morar sozinho.

  1. Higiene

A princípio, observe o asseamento da pessoa. Verifique se as roupas continuam limpas, se não há a presença de algum odor estranho, entre outros pontos. Note também a organização da casa, independentemente do idoso ser ou não o responsável pela limpeza.

Caso não haja nenhuma manifestação estranha ou diferente do modo de agir de seu familiar em relação à rotina de higiene e limpeza, esse é um indício de que ele realmente não tem problemas em estar morando por conta própria.

  1. Comportamentos desajustados

Muitas vezes, depois de determinada idade, o indivíduo passa a assumir comportamentos e hábitos diferentes e pouco convencionais. Ao identificar alguma coisa desse tipo, é interessante ter um diálogo aberto para entender o que causou essa atitude e identificar se ela partiu de um ato consciente.

Alguns exemplos de comportamentos desajustados são fascínios por itens estranhos, coisas quebradas ou queimadas frequentemente, líquidos derramados constantemente ou em um mesmo local, acúmulo de lixo, entre outros.

  1. Surgimento e evolução de doenças

O surgimento de alguma doença também é um ponto a ser considerado, assim como a evolução de algum quadro. Isso pode provocar alguma insegurança no idoso, pois ele é capaz de pensar que os familiares não vão achar que ele tem a capacidade de se cuidar sozinho.

Por isso, evite atitudes julgadoras e observe se os exames e as consultas estão sendo feitos adequadamente. Além disso, no caso de uso de remédios, perceba se eles estão sendo tomados no horário certo. Se possível, acompanhe a pessoa nas visitas ao médico e nas rotinas de saúde.

Caso a doença ainda não tenha sido identificada, alguns indícios de que a saúde de um indivíduo pode estar comprometida são a aparência de fragilidade — na dificuldade de se mover ou em relação à força — e a perda ou o ganho de peso visível.

  1. Independência financeira

Outro ponto que pode preocupar os familiares de um idoso é em relação à sua vida financeira. Muitas vezes a aposentadoria não é uma fonte de renda muito viável e que proporciona um bem-estar financeiro.

Por isso, converse com a pessoa sobre como ela está administrando o próprio dinheiro, verifique se as contas estão sendo pagas antes do vencimento e se não há dívidas ou pedidos de empréstimo sem necessidade.

  1. Saúde mental e estado emocional

A saúde mental é outro indicador de autonomia para morar sozinho. É comum que idosos já não tenham mais a companhia de seu parceiro amoroso, seja por viuvez ou por divórcio. Contudo, ao viver sem outros familiares, o sentimento de solidão pode aumentar e os riscos de adquirirem algum distúrbio psicológico ou emocional — como depressão, ansiedade, crise do pânico etc. — são grandes.

Dessa forma, analise o estado emocional que o idoso está apresentando. Veja se ele se emociona muito facilmente, se ainda preserva o bom humor ou se o estado de espírito convencional dele está alterado.

Além disso, os laços sociais são ótimos para perceber se tudo está indo bem. Procure saber se ele ainda mantém contato com os amigos e se tem interesse em atividades em grupo, como integrações religiosas, aulas de artesanato, passatempos, prática de esportes ou atividades físicas.

Veja também a sua relação com a vizinhança, afinal, ter um bom convívio com os outros moradores do bairro é importante, principalmente em caso de emergências como enchentes, incêndios e outros imprevistos.

  1. Autonomia para se deslocar

Morar sozinho implica em ter que resolver muitas coisas fora de casa. Para isso, ter acesso a algum meio de transporte é imprescindível. Para saber se o seu familiar pode continuar a viver sozinho, confirme se ele consegue pegar algum transporte público ou dirigir com facilidade.

Para se tranquilizar, peça uma carona ao idoso e observe os seus hábitos de direção, como o uso de cinto de segurança, os reflexos, a atenção ao semáforo, tensão em casos de trânsito, luzes de aviso etc.

Caso ele não tenha acesso a um meio de transporte privado, pergunte qual é a linha do ônibus que ele pega para se deslocar, o caminho tomado para chegar aos locais que costuma ir, entre outras questões que podem fazer com que você identifique se ele consegue se deslocar com facilidade.

  1. Alimentação

Por fim, veja também se ele está se alimentando adequadamente. A alimentação é a nossa principal fonte de nutrição, por essa razão, é fundamental no nosso dia a dia e precisa ser feita com qualidade.

Cheque se não há comidas vencidas ou grandes quantidades de um mesmo item na despensa. Além disso, certifique-se que o idoso está ingerindo itens saudáveis, evitando o excesso de gordura, açúcar, sódio e comidas processadas.

No geral, é fácil identificar se o idoso pode morar sozinho com conforto e tranquilidade. Se você não sentir segurança para deixar o seu familiar viver só, opte por contratar uma pessoa para ajudá-lo nas atividades de casa, mas lembre-se sempre de conversar com ele e saber a sua opinião em relação a isso. Assim, ele não se sentirá desvalidado e confiará mais em você para pedir ajuda quando for necessário.