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DISFAGIA EM IDOSOS: DIFICULDADE PARA ENGOLIR PODE PROVOCAR DESNUTRIÇÃO

DISFAGIA: PRINCIPAIS SINTOMAS SÃO DOR, TOSSE OU ENGASGO AO ENGOLIR, REGURGITAÇÃO, AZIA FREQUENTE E ROUQUIDÃO

DISFAGIA EM IDOSOS DISFAGIA EM IDOSOS

Engolir é um ato que parece simples e mecânico. Porém, depende de um complexo mecanismo neuromotor que envolve a boca, faringe, esôfago e estômago. Em idosos com disfagia, a deglutição de líquidos ou alimentos fica prejudicada.

 

Segundo o Consenso Brasileiro de Nutrição e Disfagia, o acidente vascular encefálico, uma das principais causas de morte no Brasil, tem como complicação mais frequente a disfagia. Além do AVC, outras condições podem provocá-la, incluindo traumas na boca ou na garganta.

 

POR QUE A DISFAGIA É MAIS COMUM EM IDOSOS?

A disfagia é classificada como qualquer dificuldade na efetiva condução do alimento da boca até o estômago. Quando há um problema com o sistema de deglutição, alimentos ou líquidos podem “vazar” até as vias aéreas. Seus principais sintomas são dor, tosse ou engasgo ao engolir, regurgitação, azia frequente e rouquidão.

 

A disfagia pode ocorrer devido a doenças neurológicas comuns no envelhecimento, como doença de Parkinson e mal de Alzheimer. Segundo o periódico Dysphagia, estima-se que oito em cada dez indivíduos com Parkinson e dois terços dos pacientes com Alzheimer desenvolvem a condição. A doença também pode ocorrer como consequência de tumores.

 

QUAIS OS PREJUÍZOS DA DISFAGIA EM IDOSOS?

O principal risco da disfagia é a desnutrição e a desidratação. Para se adaptar ao problema, muitos idosos procuram comer alimentos pastosos, adicionando mais água, o que reduz o valor calórico total. Além disso, conviver com uma condição que prejudica a alimentação desanima o indivíduo, que já não aprecia tanto as refeições.

 

Como a disfagia também provoca dificuldade para deglutir líquidos finos, como a saliva, idosos com a doença estão em risco de desenvolver a pneumonia aspirativa, provocada pela aspiração de líquidos presentes na boca e no estômago.

 

Por fim, como prejudica a deglutição, o idoso com disfagia está sempre em risco de engasgar.

 

COMO PREVENIR E TRATAR A DISFAGIA

A manutenção do peso e quadro nutricional adequado é a principal preocupação para idosos com disfagia. Em muitos casos, a doença não está em estágio avançado, provocando apenas a dificuldade ocasional de engolir. Tal dificuldade também pode ser provocada por outros fatores relacionados ao envelhecimento, como redução da saliva e perda de dentes.

 

Mesmo quando a dificuldade para engolir é apenas ocasional, deve-se procurar ajuda médica, além de tomar certos cuidados, como:

 

  • Comer lentamente

 

  • Mastigar bem os alimentos

 

  • Preferir alimentos mais macios e pastosos

 

  • Evitar alimentos duros e secos, como biscoitos, bolacha água e sal e farofa

 

  • Sentar-se ereto durante as refeições

 

  • Evitar se deitar logo após as refeições

 

  • Comer refeições menores, mais vezes por dia

 

O uso de espessantes pode ser adotado para ajudar o idoso a ficar bem nutrido. Os produtos podem ser adicionados em preparações quentes ou frias, como sopas líquidas e purês, sem interferir no sabor. Até a água pode ser espessada. O objetivo é aumentar a viscosidade do alimento, ajudando o indivíduo a engolir com mais facilidade e segurança.

 

Além disso, espessantes que combinam amido de milho com um mix de gomas alimentícias mantêm a consistência do alimento espessado durante o consumo, tornando-o ainda mais seguro.

 

Se o idoso estiver abaixo do peso ou mal nutrido, o nutricionista pode recomendar o uso de suplementos alimentares. Em casos extremos, pode ser necessário fazer uso da dieta enteral, a alimentação por sonda vida nariz ou abdome. Por fim, consultar o fonoaudiólogo, além do nutricionista ou geriatra, é fundamental para tratar os sintomas.

Fonte: https://www.danonenutricia.com.br