Entrevistamos a diarista Mara Rubia Soares que enfrenta as dores da fibromialgia já a alguns anos e tenta lidar da melhor forma com isso para que consiga trabalhar e manter a sua rotina mesmo sendo tão difícil. Mara descobriu a síndrome em 1998 quando sentiu fortes dores nas mãos e nos cotovelos, uma dor tão forte que mal conseguia fazer atividades simples do dia a dia como, por exemplo, pentear os cabelos e se arrumar.
A diarista comenta que por mais que as dores sejam insuportáveis, não costuma faltar nem um dia de serviço por conta disso, mesmo sabendo que ao chegar em casa no final do dia estará com o corpo muito dolorido e nem o remédio mais forte será capaz de amenizar a dor, tem trabalhado da mesma forma suportando as crises mais intensas.
Para ela, a pior sensação de quem tem fibromialgia é saber que as dores não irão embora e não é possível controlá-la, justamente porque o tratamento desta síndrome é feita através de cuidados individuais e paliativos, trabalhando com técnicas de relaxamento e também com a mente dos pacientes, na busca de uma melhora do quadro. Porém, não é o suficiente para mandar embora essa terrível dor que cada paciente sente.
Mara comenta também sobre a falta de assistência para os pacientes com fibromialgia, os procedimentos são todos muito caros e os serviços que poderiam ajudar muito, como o tratamento com um reumatologista ou fisioterapeuta, são marcados a cada 2 ou 3 meses, demorando muito para surgir efeito, mesmo sendo técnicas muito boas para combater essas dores.
Para se manter mais tranquila e não aumentar tanto suas crises, Mara tem feito algumas atividades que ajudam a melhorar o estresse, uma boa caminhada, uma alimentação mais balanceada, exercícios que trabalham a respiração, ou seja, trabalhando a mente para não impactar tanto as dores físicas.
Apesar de tanta força de vontade e persistência para alcançar os seus objetivos, Mara é um exemplo claro do quão difícil é a vida das pessoas que sofrem de fibromialgia, uma síndrome que começa com uma pequena dor nas articulações e de repente invade o corpo inteiro, afetando inclusive a mente dos pacientes, que precisam ser cada vez mais fortes para enfrentá-la.