Os números são de 3ª feira (2.fev.2021), quando foi feita a última atualização dos dados. Até então, o Brasil já havia vacinado pelo menos 2.414.717 cidadãos.
Ou seja, apenas 0,042% dos vacinados no Brasil teve algum tipo de reação ao imunizante. Segundo a pasta, os sintomas mais comuns foram cefaleia (dor de cabeça), febre, mialgia (dor muscular), diarreia, náusea e dor localizada.
O Brasil aplica atualmente duas vacinas: a CoronaVac, da farmacêutica Sinovac, e a desenvolvida pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford.
Dos 1.038 casos reportados ao ministério, 20 foram considerados graves. Entretanto, ainda não foi confirmado se existe relação direta com a vacina. Sabe-se apenas que ocorreram depois da aplicação da 1ª dose.
Eventos graves são aqueles em que é necessária a internação ou levam à morte.
“Se a pessoa toma a vacina e é atropelada no dia seguinte, por exemplo, isso é reportado [como evento grave]. Se é efeito da vacina, a investigação dirá depois. Quando você vacina milhões de pessoas, é natural que uma ou outra sofrerá um acidente ou terá um infarto no dia seguinte, três dias depois, por exemplo”, disse ao jornal O Globo Renato Kfouri, infectologista e diretor da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações).
O número brasileiro é semelhante ao verificado nos Estados Unidos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças), informou que foram registrados 1.266 eventos adversos entre as 4 milhões de pessoas vacinadas com o imunizante da Moderna. Incidência de 0,03%.
Natalia Pasternak, microbiologista e presidente do IQC (Instituto Questão de Ciência), disse que o número de eventos adversos graves verificados no Brasil está dentro do esperado.
“Os números gerais são muito bons e mostram para a população a segurança das duas vacinas, notadamente a da CoronaVac”, declarou.
A vacina da Sinovac, desenvolvida no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, é usada na maioria das imunizações.
Segundo Pasternak, a baixa taxa de eventos adversos colabora para aumentar a confiança das pessoas na imunização. Pesquisa PoderData realizada de 1º a 3 de fevereiro mostra que a rejeição a uma vacina contra o coronavírus cresceu 10 pontos percentuais em 15 dias e chegou a 21%. No período, a proporção da população que pretende se imunizar caiu de 78% para 71%.
Fonte: www.poder360.com.br