Ocasionadas por falta de oxigenação na superfície da pele, as úlceras por pressão são feridas que acometem, normalmente, pacientes internados ou acamados por longos períodos.
Ocasionadas por falta de oxigenação na superfície da pele, as úlceras por pressão são feridas que acometem, normalmente, pacientes internados ou acamados por longos períodos.
Do mesmo modo, elas afetam de forma significativa a qualidade de vida e a saúde desses mesmos pacientes. Se não forem tratadas adequadamente, podem aumentar o risco de mortalidade na pessoa que a desenvolveu.
Os sintomas que aparecem, no local acometido pela úlcera, são específicos: temperatura elevada, coloração avermelhada, além de sensibilidade ao toque. Se piorar a gravidade do caso, a úlcera pode ocasionar o rompimento da pele, formando uma ferida que, se não tratada a tempo, acaba virando uma grave infecção. O aparecimento das feridas está praticamente relacionado com a intensidade e a duração da pressão aplicada no local onde a úlcera apareceu.
Normalmente, os locais mais afetados são áreas onde há proeminência óssea, ou seja, entre a parte final da coluna e início do cóccix, no calcanhar e na parte superior do fêmur. Entretanto, pernas, pés, glúteos, costas e cotovelos também podem ser afetados pelas úlceras por pressão.
Os pacientes com alteração no reflexo de dor ou com lesões na medula (paraplégicos e tetraplégicos); indivíduos debilitados por doenças crônicas como o diabetes, problemas neurológicos e cardíacos; imobilizados por fratura óssea; desnutridos; idosos e os que fazem uso de medicamentos como corticoides apresentam maior risco para o aparecimento da úlcera por pressão.
Uma vez que as úlceras por pressão têm causa multifatorial, é importante que sejam adotadas medidas de prevenção e que a equipe de saúde esteja atenta a todos os cuidados necessários. Entretanto, quando a prevenção não for suficiente, é indispensável adotar medidas para o tratamento das feridas. As úlceras são classificadas em graus que variam de acordo com a gravidade, sendo o grau IV o mais severo. No tratamento deve-se cuidar adequadamente da ferida, controlar as doenças associadas e, principalmente, fornecer os nutrientes nas quantidades recomendadas com o objetivo de recuperar o estado nutricional e auxiliar a cicatrização da pele.
Para que a cicatrização ocorra é fundamental que o paciente receba nutrientes específicos como proteínas, arginina, vitaminas A, C e E, além dos minerais zinco, cobre e selênio. Da mesma forma, as calorias ingeridas devem atender à recomendação diária, uma vez que o sistema de recuperação dos tecidos precisa de energia. Devido à dificuldade em se alcançar a quantidade ideal destes nutrientes com uma dieta convencional, o uso de suplementos específicos para o auxílio da cicatrização é um diferencial importante no tratamento. O acompanhamento de um profissional de saúde é necessário, pois é ele quem orienta a quantidade de suplemento e respectivos nutrientes, de acordo com a gravidade das úlceras.