A opção ou então a escolha de morar em uma casa de repouso pode vir do próprio idoso que muitas vezes mora longe dos familiares ou perdeu seus entes queridos e não deseja passar seus dias sozinho em casa ou até mesmo dos familiares que acreditam que esse seja o melhor caminho.
É fato que em alguns casos os idosos se encontram em profunda solidão, justo nesta etapa da vida onde mais precisam de apoio familiar muitas vezes são esquecidos. Porém, essa visão negativa que muitas pessoas têm sobre as casas de repouso em geral, precisa ser repensada com carinho, justamente por que são essas instituições que se dedicam em tempo integral para que os moradores recebam todo apoio necessário, portanto não é correto generalizar e enxergar os lares como um lugar ruim para os idosos.
Entrevistamos a assistente social Fernanda São Gregório para que ela nos conte um pouco mais sobre essa realidade. Na opinião da assistente, a adaptação dos idosos em um lar se deve muito a forma como eles são tratados no momento da sua chegada, um bom atendimento vindo da equipe e dos profissionais fará toda a diferença para que os idosos se sintam bem e confortáveis para estarem ali.
Quanto ao apoio familiar, Fernanda comenta que os familiares precisam se manter presentes mesmo que o idoso esteja morando em uma casa de repouso, justamente porque precisam se sentir queridos e precisam sentir essa sensação de pertencimento, sem contar que a estadia fica muito mais leve.
A assistente social também relata que a sociedade como um todo precisa rever as formas como enxergam as casas de repouso e desfazer esse olhar de abandono, tristeza e sofrimento, na visão dela esses lugares são uma importante oportunidade dos idosos receberem mais qualidade de vida e serem assistidos por profissionais competentes. Importante frisar que neste caso estamos falando sobre lares que oferecem toda uma estrutura qualificada e funcionários específicos para que todos vivam bem e saudáveis, onde consigam fazer novas amizades e aproveitar a velhice da melhor forma possível.
Matéria escrita por Júlia Beatriz Wal
Entrevista com Fernanda São Gregório - assistente social