É muito importante que as pessoas tenham consciência sobre a gravidade da doença que não escolhe idade e provoca tantos transtornos. Entrevistamos uma professora de escola pública que há muitos anos convive com a doença e pode explicar na prática como é difícil e desafiador a rotina de uma pessoa depressiva.
Dalva Dalagrana tem 49 anos e trata a depressão desde 1998, ela comenta que os primeiros sintomas da depressão foram surgindo aos poucos, mas de uma maneira bastante preocupante, começou se sentindo desanimada, sem ânimo para realizar as atividades diárias, e com muita ansiedade. Depois disso, começaram os sintomas mais graves logo em seguida.
Entre os demais problemas já citados acima, Dalva também começou a se isolar de tudo e de todos, sentia uma constante vontade de chorar e as dores físicas foram começando a aparecer, fortes dores no peito, falta de ar, dores de cabeça, e uma sensação de inutilidade que parece nunca ir embora.
Dalva faz uso de medicamentos como Cloridrato de Duluxetina e quando se sente muito ansiosa precisa tomar rivotril sublingual. Durante a pandemia a professora percebeu que teve uma piora considerável no quadro de depressão, e o que tem ajudado muito a suportar tudo isso tem sido a prática de exercícios físicos diariamente, fazendo com que a ansiedade diminua e se sinta mais disposta.
Em 2011 Dalva levou um grande susto, sua médica resolveu trocar seu remédio de depressão, porém seu corpo sentiu muito rapidamente essa troca e a sua pressão arterial foi para 17X11, acabou ficando internada na UTI por 24 horas de monitoramento. Desde então, ela tem tentado cada vez mais controlar a pressão e manter o tratamento correto para a depressão.
Importante frisar que as pessoas que se encontram na mesma situação que a Dalva quando descobriu a doença, precisam urgentemente procurar ajuda médica e iniciar o tratamento. É possível viver bem, mas a doença precisa ser levada a sério, pois as suas consequências podem ser bastante dolorosas.