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Isolamento social dos idosos e seus prejuízos!

Por Psicóloga:

Fabiane Zielak

Com toda essa questão de necessidade com relação à segurança dos idosos frente à pandemia do COVID-19, tomou-se como medida drástica o isolamento das pessoas mais vulneráveis aos efeitos do vírus. Tais medidas puderam beneficiar muitos idosos a fim de protegê-los, mas e agora? O que fazer com o avanço de novas variantes do vírus, seus novos desafios e os inúmeros resultados negativos que um isolamento prolongado está deixando pelo caminho?

 Hoje, estamos nos deparando com problemas de ordem emocional de modo geral na população em todas as faixas etárias, porém, a maior fragilidade dos idosos frente ao isolamento é sem dúvida um agravante.

Sabemos que em rítmo antes “normal” de rotina, os idosos já enfrentam muitas vezes suas dificuldades com relação à saúde física, limitações na rotina e vida social. O afastamento das atividades de costume e do convívio familiar, tem demonstrado um avanço significativo nos quadros de doenças físicas e principalmente psicológicas.

Com a chegada da vacina, passamos o primeiro sufoco e surgiu momentaneamente uma esperança ao retorno das atividades sociais dos idosos. Porém, devido ao prolongado período de isolamento, muitos ainda estão debilitados demais emocionalmente e necessitam de cuidado, paciência e atenção especial dos familiares e profissionais prevendo o resgate dessa fase tão crítica que temos enfrentado.

Levando em conta a dependência emocional e fragilidade dos mais velhos, pensemos agora naqueles idosos que se encontram em casas de repouso e asilos. Sabemos que por determinação do governo em medidas de segurança, muitas casas de repouso ainda não podem permitir a visita dos familiares aos seus queridos. Essa é outra questão que precisamos levar à discussão em caráter de urgência!

Os agraves na saúde do idoso num período de 1 ano de pandemia, poderão vir a ser maior mal a se enfrentar daqui para frente. Famílias com dificuldades de manter contato com seu familiar em situação de asilo. Idosos que ao não compreenderem a situação, pensam terem sido abandonados e esquecidos, sem contar a saudade, tem apresentado quadros mais graves de ansiedade, depressão e outros transtornos psiquiátricos.

Ainda temos muito pela frente! Pouco sabemos sobre o vírus e suas consequências, mas podemos sim fazer algo agora para que esta situação não seja ainda mais prejudicial num futuro próximo.

Será mesmo que o isolamento hoje seria a melhor forma de cuidado? Ou ainda o carinho e presença da família poderia ser o melhor “remédio”...caminho para assegurar uma última fase de qualidade e esperança aos mais idosos nesses momentos de tantas lutas?

Precisamos sim, repensar nossas formas de “proteção” ao idoso. E por hora, não apenas discutir, mas agir o mais rápido possível para dar maior atenção ao que diz respeito ao estado emocional dessas pessoas tão especiais que precisam mais do que nunca do nosso carinho, presença e respeito.

Afinal, a vida é um sopro e o que nos importa é o amor que vivemos no hoje!